Friday, November 27, 2009

Sátiro Dias - Marco Zero das famílias Vieira e Santana


Em minha mais recente viagem a Salvador, tive a oportunidade de ir para o interior da Bahia, desbravar uma pequenina cidade, Sátiro Dias. Sabe, dessas que se vê em filmes sobre o sertão. Cheios de personagens marcados pelo tempo, mulheres de roça, queimadas do sol escaldante.
Muitos desses personagens, são meus personagens. Fazem parte da minha história, da saga de minha família.
Meus avós maternos nasceram nesse vilarejo, perdido no meio do sertão.
Foi emocionante conhecer a pequenina cidade onde meus tataravós fundaram a igreja. Foi mágico pisar aquele chão seco e sofrido e entender que um pedaço de quem eu sou hoje, vem dali. Daquele povo, dos meus tos, avós e primos.
Lá com certeza o tempo passa em outro ritmo. O clima é brejeiro.
Me senti dentro de um Romance do Guimarães Rosa.
Lá, pude juntar mais peças para o meu patchwork. Trazer novos bordados. Novas pinturas para a minha alma.
Tirei "retratos" com meus tios avós... pra mostrar futuramente aos meus filhinhos.
Deixei minha mãe Luci orgulhosa. E os meus avós maternos, Netinha e Juco, extasiados de alegria.
Voltarei mais vezes pra minha origem, pro marco zero.

Tuesday, January 13, 2009

"A massacrante felicidade dos outros"

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Há no ar um certo queixume sem razões muito claras.
Converso com pessoas que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido/esposa, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso?

Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: 'Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento' .

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.

Ao amadurecer, descobrimos que estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados pra consumo externo.
'Todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores, social e filosoficamente corretos. Parece que ninguém, nenhum deles, nunca levou porrada. Parece que todos têm sido campeões em tudo'.

Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta. Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem.

Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Será bom só sair de casa com alguém todo tempo na sua cola a título de segurança? Estarão mesmo todas essas pessoas realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está em casa, lendo, desenhando, ouvindo música, vendo seu time jogar, escrevendo, tomando seu uisquinho?

Tenha certeza que as melhores festas acontecem sempre dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros, gaúcha, 44 anos, Jornalista e Poeta)

Monday, January 12, 2009

Significados do meu nome

Ana Claudia:
Tem idéias brilhantes e o dom de pressentir o perigo. Embora goste da solidão, não vive sem afeto (e quem vive?). Exige muito de si mesma e mais ainda dos outros.
Ana:
Significa cheia de graça. Predisposição a ter segurança, graças a sua boa organização mental. Sua intuição lhe garante boas escolhas nos estudos, na profissão e no amor. Do hebreu "cheia de graça", que tem compaixão, clemência.

Tuesday, October 21, 2008

FIB - Felicidade Interna Bruta

O conceito de Felicidade Interna Bruta nasceu em 1972, em um pequeno país pobre nas montanhas do Himalaia, o Butão. É uma definição de desenvolvimento social criada para medir o bem-estar das pessoas.

Talvez seja mais fácil explicar o FIB pelo que ele não é. Diferentemente do PIB (produto interno bruto), a felicidade interna bruta não é a soma de todos os bens e serviços produzidos em seu país. O FIB não aumenta quando você tem que de levar seu filho ao médico. Ou quando casais se divorciam. Uma guerra não estimula o crescimento do FIB. E desastresnaturais só contribuem para a sua redução.

Crescimento econômico é o principal objetivo dos modelos tradicionais de desenvolvimento. Mas para o FIB as coisas são bem diferentes. Para a Felicidade Interna Bruta, mais vale o desenvolvimento material acontecendo ao lado do crescimento pessoal e espiritual, um complementando o outro.

Os quatro pilares de FIB são: a promoção do desenvolvimento sócio-econômico sustentável e igualitário, a promoção de valores culturais, a conservação do meio ambiente natural e o estabelecimento de boa governança.

Segundo o pesquisador Johannes Hirata, para um país, indicadores de qualidade de vida, como o IDH (índice de desenvolvimento humano), que utiliza critérios como indicadores de educação (alfabetização), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (pib per capita), tem correlação com o conceito de felicidade.

Verdades sobre o FIB:

* a quantidade de riqueza de um país não está diretamente ligada à quantidade de felicidade de seus habitantes
* apenas crescimento econômico não traz felicidade
* o aumento de bem-estar material traz felicidade, mas só até certo ponto, onde ela pára de crescer
* trabalhar menos pode aumentar o FIB, mas trabalhar pouco pode fazer com que a FIB seja reduzida

Li sobre esse conceito e encontrei esse site que recomendo para que todos vocês!! Leiam mais sobre FIB no site: www.felicidadeinternabruta.com.br . Esse site é patrocinado pela marca Icatu Hartford, que é uma financeira com produtos em previdência, seguros de vida, fundos e administração de recursos…

O mais bacana são as 100 dicas que o site oferece para aqueles que querem aumentar sua felicidade interna bruta.